Arte
e solidariedade: Experiências profissionais e humanas do Circuito Cultural “Arte
entre Povos”
José
Aristides da Silva Gamito*
Pablo Fernandez, Bolívar Almeida e Adela Figueroa (Foto: Francisco Rivero) |
Imagine
uma experiência artística e humana enriquecedora. Esta acontece no Circuito
Cultural “Arte entre Povos”. São trinta dias de atividades. Um grupo de
artistas de diversas áreas e de diversos países latino-americanos percorre
municípios brasileiros de vários estados. O evento acontece desde 2010 tendo
como berço o município fluminense de Bom Jesus de Itabapoana sob a coordenação
de Gino Bastos.
Muito
mais do que uma experiência profissional, o evento é um exemplo de
solidariedade artística e humana. Pessoas de lugares tão distantes conhecem
novas maneiras de ser e de viver e compartilham seus talentos e suas
identidades de modo tão próximo e familiar.
Se
não existissem iniciativas como essas, muitos municípios do interior não teriam
eventos culturais tão diversificados, com contato com tantos artistas
latino-americanos. Os artistas apresentam desprendimento, pois, passam por
cidades de diferentes situações econômicas com estadas com mais e com menos
conforto. Com viagens longas e exaustivas. Mas o que prevalece é a experiência da
solidariedade.
Portanto,
o Circuito Cultural é um modelo de iniciativa de expansão da arte, digno de
prêmio porque seu formato se coaduna com a economia criativa, solidária e
sustentável. A arte como produto capitalista acessível somente às classes
economicamente mais favorecidas não reina nesse formato. Nele todo mundo se
engaja à sua maneira, são escolas, associações e igrejas. E tudo dá certo!
*Dirigente Municipal de Educação (Conceição
de Ipanema) e professor de filosofia no Instituto de Teologia e Filosofia de
Caratinga/SDNSR, apoiador do evento em 3 edições em Conceição de Ipanema – MG.