quarta-feira, 29 de julho de 2015

Opinião: Análise do evento "Circuito Cultural"



Arte e solidariedade: Experiências profissionais e humanas do Circuito Cultural “Arte entre Povos”

José Aristides da Silva Gamito*

Pablo Fernandez, Bolívar Almeida e Adela Figueroa (Foto: Francisco Rivero)
            Imagine uma experiência artística e humana enriquecedora. Esta acontece no Circuito Cultural “Arte entre Povos”. São trinta dias de atividades. Um grupo de artistas de diversas áreas e de diversos países latino-americanos percorre municípios brasileiros de vários estados. O evento acontece desde 2010 tendo como berço o município fluminense de Bom Jesus de Itabapoana sob a coordenação de Gino Bastos.
            Muito mais do que uma experiência profissional, o evento é um exemplo de solidariedade artística e humana. Pessoas de lugares tão distantes conhecem novas maneiras de ser e de viver e compartilham seus talentos e suas identidades de modo tão próximo e familiar.
            Se não existissem iniciativas como essas, muitos municípios do interior não teriam eventos culturais tão diversificados, com contato com tantos artistas latino-americanos. Os artistas apresentam desprendimento, pois, passam por cidades de diferentes situações econômicas com estadas com mais e com menos conforto. Com viagens longas e exaustivas. Mas o que prevalece é a experiência da solidariedade.
            Portanto, o Circuito Cultural é um modelo de iniciativa de expansão da arte, digno de prêmio porque seu formato se coaduna com a economia criativa, solidária e sustentável. A arte como produto capitalista acessível somente às classes economicamente mais favorecidas não reina nesse formato. Nele todo mundo se engaja à sua maneira, são escolas, associações e igrejas. E tudo dá certo!

*Dirigente Municipal de Educação (Conceição de Ipanema) e professor de filosofia no Instituto de Teologia e Filosofia de Caratinga/SDNSR, apoiador do evento em 3 edições em Conceição de Ipanema – MG.
           

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